Cartas de amor são
ridículas, mas...
palavras esdrúxulas do coração
todos gostamos e
vai haver sempre arte de as fazer.
Cartas de amor ridículas
até depois de morrer se vão escrever.
Já Fernanado Pessoa as escrevia
já eu uma escrevi e umas quantas li
Fossem ridículas ou não
A cada um normalmente traz emoção.
Marta Raimundo
Nov. 2010, LP, 8ºA
O amor não é esdrúxulo
e tambem não é minúsculo
prefiro ser ridículo como o amor
do que ter um coração cheio de dor!
João Cortes
Nov. 2010; 8ºA, LP
Eu vivia num castelo sozinho e sem ti
Um dia em busca do que era melhor para mim
Enfrentei inúmeros perigos para chegar a ti
Mas sempre de espada em punho lutava sem fim
E um dia vi aquele lindo castelo
E vi-te à janela com oteu ar puro e singelo
Entrei por ali a dentro sem pensar duas vezes
Deus finalmente tinha atendido às minhas preces
Lutei contra o dragão só para te salvar
Subi cada degrau da torre só para te encontrar
Cheguei à porta de madeira que estava fechada
Derrubei-a e fui ter com a minha amada
Levei-te para o meu castelo e tornei-te a minha rainha
Nesse dia tu juraste ser minha só minha
Tu és o meu conto de fadas que se tornou real
Desde aí em diante elevaste a minha moral
Tu és o que eu quero só para mim
Vida num sonho que nunca terá um fim
E tu és o que eu quero
És a rainha da minha vida que eu venero
Princesa, és o meu porto de abrigo
Só preciso de ti aqui e assim eu sobrevivo
O meu castelo é outro quando tu estás aqui
Ganha alegria de um mundo mágico sem fim
Irei mandar construir uma estátua em teu nome
Num mundo sombrio, tu és a luz que me consome
E dá-me fome de amor quando estou ao teu lado
Olho para ti e vejo o meu sonho realizado
Preparar o casamento com tudo unido
Passar a lua-de-mel bem juntinho a ti
E perceber que viveremos felizes até ao fim
Comprar uma casa para o resto da nossa vida
Acordar todos dias com a tua alegria
Partilhar uma vida com a mulher que eu amo
Partilhar o amor que eu tanto proclamo
És a mulher de eu @..
João Silva (Novembro 2010, turma do 8ºA, LP)
Fizemos esta entrevista a Sr. João Paulo Pereira de 42 anos, correeiro em Santiago do Cacém.
1) Porque se dedicou a esta profissão?
Porque era uma profissão de família.
2) A partir de que idade faz estes artigos?
A partir dos 14 anos.
3) Trabalha nesta profissão para seu sustento?
Não isto é uma forma de ocupar os tempos livres e ganhar uns euros extra.
4) Porque começou tão cedo a trabalhar?
Por divertimento e por ver o meu pai e o meu avô paterno.
5) Como produz os seus artigos.
É tudo feito de forma manual.
6) É preciso ter utensílios próprios par fazer estes artigos?
Sim como nos outros trabalhos.
7) Como aprendeu a fazer estes artigos?
Fui vendo e fazendo pouco a pouco.
8) Exporta os seus artigos?
Sim, mas a maior parte fica por Portugal.
9) Tem loja aberta ao público?
Sim, fica situada em Santiago do Cacém na Rua das lojas.
10) Há quantos anos tem a loja aberta?
Mais ou menos 100 anos.
11) Este ofício, já vem de gerações?
Claro, já está na terceira geração.
12) Qual é o artigo mais fácil de fabricar?
O porta-chaves.
13) Qual é o artigo mais vendido?
Os cintos.
14) Como se sente sabendo que é dos poucos correeiros do país?
Sinto tristeza, porque as antigas profissões não são devidamente apoiadas pelas identidades competentes.
Com esta entrevista ficámos a conhecer melhor a profissão de correeiro, pois trata-se de uma profissão em vias de extinção, embora agora se considerem os artigos fabricados pelo correeiro, artesanato.
João Pereira, nº8
Rafael clemente, nº19
